O INDIVIDUALISMO NO TRABALHO

As experiências acumuladas ao longo de uma carreira é algo fantástico. Permite que você navegue por distâncias bem maiores e complexas ao pensar no aprendizado e até mesmo podendo comparar sua bagagem com alguém com quem esteja conversando.

Pensar nesta situação me remete a uma leitura que fiz recentemente onde o texto se resumia no individualismo das pessoas no ambiente de trabalho.

Não entendo o individualismo com algo tão ruim, mas merece muita atenção em determinados momentos.

Lembrei-me de um trabalho que estávamos desenvolvendo em uma das empresas por onde passei e uma frase dita por um grande amigo me marcou profundamente na ocasião.

Foi necessário que envolvêssemos as equipes para a conclusão de um grande projeto, e no calor do momento ele simplesmente disse a seguinte frase: “aqui as pessoas não falam muito em equipe, aqui elas praticam a euquipe”, e essa palavra não saiu do meu pensamento.

Claro que esta palavra (euquipe) não existe em nenhum dicionário, mas não é necessário muito esforço para entender sua mensagem.

O que ele estava querendo dizer era que as pessoas só estavam pensando em si mesmas, e não estavam participando como equipe, e naquele momento em particular estava em evidência o individualismo. Somente o individualismo não basta, pois trabalho em equipe se constrói como o esforço e doação individual de cada um dos membros da equipe para a equipe.

Talvez o segredo esteja em saber quando será necessário doar o individualismo em prol a equipe, ou ao próximo.

Uma das revistas mais importantes de RH trouxe recentemente uma matéria em que o famoso filósofo australiano Roman Krznaric aponta a importância do “nós”, e apenas em uma frase expressou muito bem a ideia deste artigo, ou seja: “Precisamos de mais nós na nossa rotina profissional”.

As pessoas precisam saber quando deixar a euquipe de lado e doar seus esforços em prol a comunidade, à equipe, ao próximo. O que seria das manifestações que ocorreram recentemente no Brasil se não fosse o pensamento coletivo? Ou será que cada manifestante estava pensando em sim mesmo naquele momento?

É muito bonito quando ouvimos um funcionário dizendo, nós faremos, nós assumiremos, vamos cumprir os prazos. Ele está certamente contando com a participação de todos os membros da equipe e que não depende somente dele.

E não é nenhuma novidade quando uma equipe atinge seus objetivos, cumpri metas, bate recordes. Muito provavelmente uma pessoal sozinha não conseguiria tal façanha.

Será que o jogador Neymar mesmo com seu forte individualismo conseguiria jogar bem sem sua equipe?

Sem mais delongas, espero que este artigo possa ser um marco para a prática do “nós” em sua vida profissional, e quem sabe até mesmo na vida pessoal.

Forte abraço.