SER HUMANO, OU SER PROFISSIONAL?



Esse tema foi escolhido após a leitura de uma matéria e mesmo sendo de boa qualidade tomei a liberdade em fazer algumas observações através de um outro olhar. 

A questão é: como não deixar que os problemas no nosso dia-a-dia de trabalho interfiram em nossa vida pessoal e vice-versa.

Obviamente que são fatos baseados em experiência de vida, porém, um alerta: parece redundante apontar para isso, mas cada um vive sua própria realidade, as estratégias utilizadas pelo colega Jerônimo Mendes lhe trouxeram sucesso, o que não garante que as mesmas serão eficazes para nós, pois, cada qual encontra soluções específicas para lidar com a grande diversidade de problemas. 

No mundo corporativo, eu diria que precisamos ao menos tentar ser 50% pessoal e 50% profissional. Quando estivermos no ambiente familiar “puxamos” os outros 50% profissional e tentamos nos tornar pelo menos 90% pessoal. O inverso deve ocorrer quando estivermos no ambiente de trabalho.

Não “derreta” seus neurônios pensando em como fazer. Pratique, faça. Não é fácil se desligar do trabalho, correto? Da mesma forma que também não é fácil se desligar das questões familiares/pessoal. 

Uma coisa é certa, se não tentar certamente não conseguirá. Penso que tudo possa ser uma questão de prática, treino seria a palavra mais apropriada.

Oscar Schmidt, por exemplo, não se tornou um mito do basquete simplesmente por seu talento ou coisas afins. Ele treinou, e muito, não que o talento não tenha contribuído, logo, temos então um mix de habilidades que podem fazer toda a diferença.

Mais ou menos, assim é nossa vida. Para ser um bom profissional precisamos nos dedicar ao trabalho, muitas vezes ser treinado, atualizado, informado. Tudo isso não cai do céu, temos que batalhar. 

Para ser um bom pai, embora eu não seja pai, acredito que também é necessário que a pessoa se doe aos filhos, pelos menos o tempo em que estiver presente junto a eles. Esse comportamento também deve ser repetido com a esposa, com pais, quando também estiver junto a eles, e assim por diante.

O que ocorre em nosso ambiente de trabalho, como as discussões, conflitos, puxões de orelha, ou seja, as questões que nos colocam para baixo, tudo isso talvez possa refletir em nosso lar. Podemos tentar utilizar algumas estratégias, como aplicar o conceito de “resiliência”. 

Tente ao menos, talvez saia mais leve do trabalho de modo que não fique remoendo as mágoas deixadas após o dia de trabalho. Antes de qualquer coisa, sua família não tem culpa do que passou durante o dia no trabalho, e se o que passou for positivo, será benéfico compartilhar com todos.

Não podemos nos esquecer das incríveis capacidades das quais o ser humano é capaz: criar, modificar, ampliar, destruir, gerir, comandar, ensinar, etc. Dessa forma, respeito as colocações do colega, mas me vejo obrigado a discordar pelo menos em parte quando diz 
que não podemos separar o lado humano do profissional. Muitas pessoas conseguem. 

Primeiro: se não fizermos isso certamente adoeceremos e por consequência nossos familiares, podendo se transformar num círculo vicioso. Segundo: essa prática é um diferencial entre os profissionais que o mercado necessita e busca. Terceiro: não precisa sofrer para se transformar nesse profissional, apenas tente e treine.

Não pretendo atirar no próprio pé direcionando o assunto com explicações baseadas na Psicologia, como a que diz respeito a subjetividade do ser humano. De uma coisa tenho certeza, podemos ser melhores, crescer diariamente sem sofrimento. A colocação nº. 6 no texto do colega é uma realidade, o mundo corporativo certamente sobreviverá sem você.

Uma das questões que nos diferencia um do outro é justamente a maneira com que cada um lida com essas questões. Agimos diferentemente na maioria das vezes, e dessa forma também resolvemos nossos problemas, ou seja, não há padrões. 

Consequentemente temos: sucesso para alguns e fracasso para outros; sofrimento para uns, prazer para outros; promoções para uns, despedidas para outros; alegrias para uns, tristezas para outros. Meu caro, seja feliz a sua maneira.

Ao colega Jerônimo Mendes, obrigado pela contribuição.


® Sou Luciano Muchiotti, especialista em carreira e empreendedor. Atuo como coach, ajudando quem deseja melhores resultados na carreira, liderança e escolha profissional.

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