QUAL SERÁ A VERDADEIRA HISTÓRIA DA MAÇÃ PODRE?
A maçã podre dentro da caixa acaba
estragando as outras, é isso que se diz por aí. Muitas pessoas usam essa frase
nas mais diversas situações do cotidiano, a maioria das vezes referindo-se a
uma pessoa, quer no ambiente de trabalho ou não.
Pois então, qual será a
verdadeira história da maçã podre?
Tenho recebido casos interessantes
de colegas, e entendo como uma boa oportunidade para explorar o tema e
compartilhar com o leitor. Através de outro olhar, acrescento informações para que
possam agregar conhecimento e serem utilizadas no ambiente corporativo.
Resumidamente, o caso vem de uma metalúrgica, e
nesta empresa existe uma estrutura de RH completa. Também existe o processo de recrutamento e seleção em pleno funcionamento, e aí começa o problema.
As equipes são comprometidas com
o trabalho e produzem com qualidade. Para suprir uma demanda de mão de obra que
surgiu recentemente, foi aberto um processo seletivo onde não foi possível o
recrutamento interno. Alguns candidatos participaram deste processo que se
resolveu através de dois finalistas.
Neste processo identificaram um
candidato como sendo muito dinâmico e comunicativo, e nas dinâmicas de grupo ele
acabou se destacando entre os demais. No final de todo o processo, de fato o
que se destacou acabou sendo o escolhido.
A dinâmica da empresa, sua
cultura e seus valores bem como o clima organizacional, indicam de certa forma
que tipo de pessoa deve reforçar a equipe. Entendo que do ponto de vista do
leitor de uma maneira em geral, esse tipo de avaliação é complexa, por isso os
profissionais de RH.
Deve ficar claro que no processo de
seleção existem profissionais competentes para que o processo seja concluído, atendendo
a necessidade da empresa e acertando na escolha. Para a escolha propriamente
dita, chega-se a um consenso.
Em poucos dias o candidato
iniciou suas atividades atendendo as expectativas, e foi de encontro com as
observações feitas pela equipe que acompanhou todo processo de recrutamento. A
empresa mantinha um ritmo de trabalho cadenciado, e que foi se ajustando ao
longo do tempo chegando ao padrão desejado.
Com e chegada do novo funcionário
em poucas semanas sua equipe passou a se destacar perante as demais, fato que
causou espanto, pois havia um ritmo habitual de trabalho entre as equipes. O
tempo foi passando e a equipe se mantinha em destaque, porém, aqui está o ponto
de atenção. Foi criado um espírito de competição dentro da equipe que aumentou
significativamente a velocidade da produção.
Este espírito de competição é
muito bem vindo quando bem administrado e compartilhado com as equipes, neste
caso, gerou uma competição desnecessária de forma que a equipe toda se afastou
das demais.
Um clima de desconfianças se
estabeleceu, pois não entendiam o motivo de tal competição. Este caso foi
analisado cuidadosamente por algum tempo e a conclusão foi que o candidato
identificado com dinâmico e comunicativo teve participação ativa na criação do
problema.
Este caso demonstra que a
influência negativa de uma pessoa junto a uma equipe traz consequências
desagradáveis. Popularmente caracteriza-se esta situação como a maçã
podre que estragou a caixa toda.
É necessário sensibilidade para
entender as particularidades de uma empresa. Os funcionários quando são
experientes e conscientes de suas responsabilidades criam seu próprio ritmo
de trabalho, estabelece-se harmonia entre as equipes e a produção é mera
consequência.
Forte abraço.