EMPRESA RUIM OU FUNCIONÁRIO RUIM?

Não dá para pensar em empresa ruim, sem pensar na participação ativa dos funcionários neste tema.

Esse é o tipo de situação que sempre vamos nos deparar, ou seja, o funcionário falando mal de uma determinada empresa. Por outro lado, não vamos deixar de ouvir também que a empresa A ou B é horrível para se trabalhar. Esta relação passa a ser então muito relativa, de modo que para uma pessoa a empresa é boa, e para outra não.

Esta relação está intimamente ligada ao que o RH pode fazer de melhor, que é recrutar, selecionar e contratar.

O mercado de trabalho está passando por um momento mais delicado ainda, pois se estava sendo difícil fazer boas contratações, ultimamente tem sido ainda mais difícil. Tenho ouvido de alguns recrutadores que os jovens não estão muito interessados nas vagas de empregos oferecidas, fato que alimenta a dificuldade de contratar.

Por falar em dificuldade de contratação, muitos países passam pela mesma situação. Segundo um artigo publicado recentemente em uma conceituada revista, o Brasil está na 7ª posição entre os países com maior dificuldade de contratação.

As dificuldades vão desde o trabalho temporário e jornadas flexíveis até a contratação de estrangeiros para suprimento de vagas. Somado a isso, o possível desinteresse nas vagas oferecidas, a falta de qualificação, a escassez de mão de obra etc.

São vários os fatores que levam às críticas, tanto envolvendo os funcionários como às empresas. Estes fatores são parte da lista de dificuldades nesta relação.

Na tentativa de encontrar soluções para esta problemática, os baby boomers estão sendo trazidos de volta. Eles estão sendo lembrados num momento em que se pode afirmar que estamos vivendo uma crise de mão de obra. Faço aqui um parêntese, pois uma equipe heterogênea poderá ser tão produtiva como qualquer outra.

Aliás, se há desentendimentos entre uma equipe formada por jovens, certamente haverá problemas em uma equipe onde os baby boomers se infiltraram.

É indiscutível a bagagem dos baby boomers, e esse resgate aquece uma pequena disputa por vagas além de levar experiência entre a equipes.

E se existem as críticas, juntando os baby boormers e a geração Y talvez a experiência possa ser o balde de água fria nos “reclamões” de plantão, e essa problemática poderá tomar o caminho da extinção.

Enfim, reclamar sempre traz consequências e prejuízos na maioria das vezes. Desta forma, o funcionário precisa pensar antes de reclamar, pois o problema pode ser com ele. As empresas precisam identificar o porque de tantas reclamações, pois alguma coisa  pode não estar agradando.
Neste caso vale a pena analisar as políticas da empresa e como está a comunicação, lembrando que esta é a grande doença de muitas empresas.

Sejam da geração Y, sejam os baby boomers, empresa ruim, ou funcionários ruins, pode ser uma questão de ponto de vista.


Forte abraço.