BENDITO COMPORTAMENTO, BENDITO EXEMPLO












Falar, até papagaio fala.


Porém, refletir e pensar acerca de um determinado problema isso é para poucos. No auge das redes sociais, da comunicação em altíssima velocidade tudo que se é produzido em termos de áudio e vídeo e até mesmo textos, em fração de segundos já está sendo veiculado nas mídias sociais.

Chamo a atenção para um problema gigante, para o qual há muita produção midiática, porém, longe de se encontrar uma solução.

Você é dessas pessoas que ao assistir um noticiário fica revoltado(a) com o que vê acontecendo pelo nosso Brasilsão de meu Deus?

Muito provavelmente sim, e aí de repente, uma imensa insatisfação toma conta do seu eu.  Surge até mesmo uma vontade imensa de provocar uma revolução para que todas essas coisas ruins que vemos nos noticiários acabem de uma vez por todas.

Somos nós que escolhemos os líderes para conduzir o nosso país, uma responsabilidade enorme, mas é aqui que eu gostaria de propor uma breve reflexão.
Nós brasileiros temos mania de reclamar, principalmente nos últimos anos por exemplo, da política, da economia, do vizinho, da chuva, do sol etc.

Estamos anos-luz de países como Japão, Canadá, entre outros já conhecidos, no que diz respeito à educação principalmente.  A educação a qual me refiro não é somente a educação de sala de aula, refiro-me também àquela educação que aprendemos em nosso dia a dia e que serve como exemplo para qualquer pessoa.

Aqui vai uma afirmação muito séria a qual até o final desse texto eu pretendo demonstrar que não é uma ofensa de minha parte. Guardadas as devidas proporções nós brasileiros somos mal-educados, ou melhor, oportunistas. Muita calma nesse momento. Não posso deixar de me incluir pois em algum momento eu já cometi algum erro como esses.

Se nós escolhemos nossos representantes, eles são pessoas como tantas outras que encontramos a todo momento pelas ruas por onde passamos.

Logo, são pessoas iguais a nós em vários aspectos.

Pessoas iguais a nós que em algum momento: ultrapassou em faixa contínua ao dirigir,  fez conversões sem fazer uso da seta, estacionou em algum lugar proibido,  ocupou a vaga de um idoso,  ou de um cadeirante,  tentou tirar alguma vantagem em uma negociação,  não pára ou nunca parou em uma faixa de pedestre esperando que este pudesse passar seguramente, usou o carro da empresa para algum fim particular,  pediu um valor a mais na nota fiscal para obter um reembolso maior,  burlou algum sistema de segurança, ou violou alguma regra qualquer que seja, entre outras situações.

Situações como essa acontecem milhares e milhares de vezes todos os dias, é só sair na rua e vai encontrar rápido.  

Logo, quando vamos escolher nossos representantes, certamente são pessoas com comportamentos semelhantes a estes, em maior ou menor grau, mas são pessoas que certamente levarão esses vícios para sua vida pessoal e profissional.
Então eu faço a seguinte pergunta: como esperar ver bons exemplos de nossos representantes?

Mais uma vez, guardadas as devidas proporções, de uma forma em geral são pessoas que cometem muitos erros, deslizes, às vezes até mesmo proposital, outras vezes nem tanto, mas que não tem a condição de dar bons exemplos.

Talvez essa falta de condição está ligada a uma cultura em nosso país de que "tudo pode", e aí cada um tem o direito de agir conforme a sua consciência, o seu caráter.

A mudança precisa começar muito cedo, antes mesmo frequentar a escola. Essa mudança precisa começar com os pais dando bons exemplos aos filhos. É na infância que a criança internaliza muito do que aprende e que vai levar para o futuro, que serão muito provavelmente os seus hábitos ou os seus vícios lá na frente.

Se o seu filho não vê bons hábitos por parte dos pais, por mais simples que seja este exemplo, não espere que ele reproduza algo diferente ao longo do seu crescimento, e também quando se tornar um adulto.

O contexto influencia toda e qualquer pessoa, então o contexto precisa ser saudável, para que no futuro tenhamos pessoas saudáveis cuidando ou liderando um país, por exemplo.

Estou usando o termo saudável porque comparo o mau exemplo como um vício muito ruim, que é semelhante a uma doença, a um transtorno, e que precisa de tratamento. Para alguns casos a médio prazo, mas para a grande maioria tratamento a longo prazo.

A triste notícia: não espere que o seu representante tenha bons atos, ou que ele não tenha algum tipo de vício no que tange aos péssimos exemplos que ele poderá dar durante o período político.

Exceto que ele tenha vivido em um contexto, onde viu e experimentou bons exemplos vindos de seus pais e de todos aqueles que o rodeavam. Já estou quase afirmando que nossa população está enferma, pelo menos alguns milhões de habitantes.

O remédio, não sei se conseguiremos ver algum tipo sendo desenvolvido e aplicado a tempo. Espero que você tenha tempo, pois acredito que se existir alguma possibilidade de cura, ela está muito distante ainda. Talvez, uma das possibilidades seja bons exemplos dos nossos representantes, talvez.

Enquanto não pratica um tipo de cura altamente eficaz, comece cedo a aplicar bons exemplos, principalmente dentro de sua casa, no seu ambiente de trabalho, no grupo de amigos, onde quer que você esteja presente. Quem sabe o seu filho, ou futuro filho, vendo estes bons exemplos desde cedo, ele também daqui há alguns anos possa ser um belo exemplo.

Ah, e cuidado com o que você assiste e deixa seu filho assistir na TV, no smartphone e no computador. Qualquer uma dessas mídias pode provocar sérios estragos.

Tenha vergonha na cara ao fazer algo ruim, algo vergonhoso. Não se vê mais as pessoas com seus rostos vermelhos ao cometerem uma mentira, por exemplo, como víamos no passado.

Vergonha na cara era um valor muito forte que está sendo corrompido pela cultura do “tudo pode”.

Só espero que cada um possa fazer a sua parte, bem-feita, acredito ser o que nos resta.

Foi só para descontrair, então, pode seguir sua vidinha de boa, ou pode refletir sobre isso e ajudar a preparar um futuro melhor para alguém. Talvez aguem que você ame, ou alguém que é muito importante para você, sei lá.

Pensa aí.

Abraços.